DANTE TEMPLAR: (ag. Babaum)
Dante Templar é um soldado treinado em diversas técnicas de batalha. Ele participou em diversos embates pelo mundo e foi condecorado com muitas medalhas. Entre suas batalhas estavam a Tempestade no Deserto, a prisão de Saddam Hussein, a desestruturação da Al Qaeda e do arsenal nuclear iraniano.
Após ter casado e ser abençoado com um filho, Dante voltou-se mais a alguns trabalhos burocráticos e algumas missões de observação e espionagem.
Uma destas missões o levou ao norte da China, nas proximidades da fronteira com a Rússia. O objetivo desta missão era observar uma suposta fábrica subterrânea de gás Sarin. Seu contato local era um chinês chamado Zhou Mai Jen. Após o segundo dia da primeira vigília, Dante recebeu uma mensagem de Zhou: “H.U.” a qual era uma combinação para “Headquarter Unsafe”. Conforme combinado com seu contato, Dante foi até o ponto de encontro alternativo. Ao entrar no velho prédio, subir no segundo pavimento pelas escadas e adentrar a porta do quarto alugado, ele encontra o corpo de Zhou Mai Jen caído morto debruçado por cima da mesa de jantar. O local parece ter sido revistado.
Estranhamente não há nenhuma marca de sangue em Zhou. Suas órbitas parecem vazias, como se tivesse sofrido de extrema desidratação. Não se identifica nenhum ferimento externo no corpo. Ao revistar as roupas, Dante encontra apenas um recibo de uma loja local de encomendas.
Ao ir atrás da pista, Dante descobre que um pacote foi enviado para seu endereço americano. O funcionário do local avisa que alguns homens americanos vestidos em terno vieram até o local e questionaram qual pacote havia sido pago com um determinado cartão de crédito. Aparentemente o objeto daquele recibo havia sido pago com aquele cartão.
Imediatamente, ele telefona de uma cabine pública para sua residência, mas uma voz masculina desconhecida atende:
- Você está com a maleta? Onde está a maleta? Ela continua lacrada? Se você quiser ver sua família viva de novo, venha ao nosso encontro portando o que queremos.
Imaginando que a maleta contenha algo relacionado a gás Sarin e preocupado com sua família, Templar pega o primeiro vôo com uma identidade alternativa e volta para os EUA. Ao desembarcar, Dante é subitamente abordado por um grupo de agentes federais, que o levam para uma sala de interrogatório no Bureau.
Ao repetidamente dizer que não sabe o que está acontecendo e dizer que sua família corre risco, o interrogador mostra a ele uma série de fotografias, todas elas mostrando rostos de chineses os quais Dante nunca viu. Ele tem dificuldade para fixar aqueles rostos, mas consegue perceber que os chineses estão vestidos com roupas de cientistas e um deles aparenta estar com um macacão anti-radiação.
Após algum tempo, a entrevista é interrompida e um militar com muitas condecorações entra na sala. Ele é o seu superior e parece estar chocado, sua patente e nome são Coronel Maximilian. Ele diz que tem algo importante para lhe contar e revela que os corpos de sua esposa e seu filho foram encontrados em um subúrbio da cidade.
Templar enlouquece e desesperadamente pede para ver os corpos de seus familiares. O Coronel o conduz até o morgue do setor de medicina legal do Bureau. Dante entra em choque e o pânico daquela situação é maior que o de todas suas guerras travadas juntas.
Após os devidos esclarecimentos, ele recebe ordens de tirar uma dispensa por pelo menos 30 dias para cuidar de seus problemas psicológicos relacionados ao ocorrido.
Apesar disso, ele questiona tudo o que aconteceu, e a sede por vingança e verdade cresce a cada instante dentro de si.
ALEXANDER ROMANOV: (ag. Eduardo)
Alexander Romanov é um ex-agente da antiga KGB. Nascido e criado na antiga União Soviética, Alexander teve todo o treinamento necessário para se tornar um excelente atirador. Ao término da Guerra Fria, sua agência foi se enfraquecendo até sua quase total dissolução recentemente.
Nos tempos passados, Alexander passava dias de tocaia até conseguir disparar os tiros fatais contra seus alvos, que na época eram encomendados pela sua agência: mafiosos, terroristas, traficantes. Condecorado diversas vezes como herói, Alexander já teve o auge de sua carreira.
Atualmente, Alexander estava fazendo alguns trabalhos como mercenário. Seu último contrato foi feito pelo próprio governo russo e consistia de assassinar um cientista chinês na proximidade das fronteiras entre os dois países. Informado de que este cientista era responsável pela realização de experimentos com seres humanos, Alexander concluiu que exterminar seu alvo seria um bem para a humanidade. Nenhum nome foi dado a ele, apenas uma localização e uma foto.
Ao ficar de tocaia em um antigo prédio, numa noite ele evidencia um caminhão descarregar vários cilindros de vidro contendo uma substância avermelhada translúcida. Após determinado tempo, uma grande luz vem do céu e toma conta do local, cego pelo aumento da luz através de sua mira, Alexander busca se esconder e ao recobrar seus sentidos ele percebe que o carregamento de cilindros não está mais ali. Atingido por uma luz estranha que o paralisa, ele perde sua consciência e ao acordar está em meio a um laboratório onde cientistas lhe examinam e homens vestidos de ternos escuros conversam entre si enquanto observam-no. Alexander sente algo na pele de seu antebraço esquerdo e vê um pequeno retângulo de metal sendo colocado em seu subcutâneo. Novamente ele adormece e ao acordar ele relembra o acontecido. Lentamente Romanov reconhece que está num distrito pobre de Pequim, em uma viela escura. Ele busca um hospital e um fragmento de metal é retirado de seu antebraço.
De posse deste objeto, ele passa a se questionar sobre o que aconteceu. Experiente de diversos embates, Alexander nunca havia visto uma arma tão poderosa, capaz de paralisar um soldado apenas com a luz. E, falando em luz, que luz foi aquela que absorveu os cilindros do carregamento?
Buscando achar pistas do ocorrido, ele volta ao local designado e não encontra nada além de um galpão abandonado.
| Duvidoso de tudo o que lhe aconteceu, e temendo o pior, Alexander segue em sua busca pela verdade. Ele começa a investigar documentos secretos da Rússia e da China (com ajuda de alguns contatos) e segue na sua sede de curiosidade. |
RALPH HUNTER: (ag. Tiago)
Ralph Hunter, um bem sucedido investigador do “estranho”, está na redação de sua emissora, escrevendo sobre uma nova matéria e, de certo modo está desiludido com ela após ter sido desmistificada com o uso do pensamento científico e de evidências reais.
É tarde da noite e o sono começa a se estabelecer. Repentinamente seu celular dá sinal de mensagem recebida e, ao acordar de seu pequeno cochilo sobre a mesa de trabalho, ele lê o item recebido:
- “LIGUE PARA A HEBE ASSIM QUE PUDER”
Acostumado com a sigla (HEBE – Hunters of Extraterrestrial Biological Entities, um grupo quase-secreto de ufólogos com o qual Ralph mantém algum contato), ele sabe que deve se tratar de um novo avistamento, relato e talvez também, de uma nova reportagem.
Ralph pega o telefone e liga para seu contato na HEBE, Mark Silverbullet. Após diversas chamadas, ninguém atende ao telefone. Ele então opta por ir pessoalmente até a sede da organização. Dirigindo por ruas vazias e becos sombrios, ele chega ao seu destino. Já na chegada ele vê que a porta está arrombada e o local revirado. O corpo de Mark é encontrado sem vestígios de agressão, mas parecendo ter sido submetido a um frio extremo. A posição em que o corpo estava fazia parecer com que ele estivesse segurando algum objeto. Os computadores foram incinerados e as câmeras de vídeo roubadas. O jornalista não sabe o que está acontecendo, mas imagina que se Mark estivesse escondendo algo novo, ele iria guardar no local mais seguro possível. Ele vai até a estante de vídeos e a pressiona em um local específico na lateral, o que revela um pequeno compartimento secreto e de dentro deste local ele retira uma sacola aveludada. Dentro da sacola ele acha um frasco semelhante a uma ampola, contendo um líquido vermelho alaranjado em seu interior.
De posse deste equipamento, Ralph vai até o laboratório de Física e Química da universidade a qual costuma freqüentar. Ele entra em contato com um amigo seu, Dwaine, que pega a substância e leva para análise. Neste meio tempo, Hunter faz uma ligação anônima para a polícia de NY e avisa sobre um assalto no local da base de operações da HEBE.
Após algumas horas de espera, Dwaine encontra Ralph e lhe diz que o material consiste de uma solução de aminoácidos e algumas proteínas. Ciente de que o material necessita de análises mais aprimoradas, Dwaine pede mais tempo a Ralph.
O jornalista, temendo que houvesse algum registro seu junto aos documentos da HEBE, opta por ficar longe de casa, mas a curiosidade que o persegue neste momento o leva até as proximidades de seu apartamento, onde ele vê através da janela do lado de fora alguns movimentos no interior de seu quarto. Um furgão cinza sem placa está estacionado na frente do prédio. Após algum tempo ele vê seu apartamento pegar fogo e os bombeiros chegarem.
Ciente de que poderia estar morto, Ralph contata Dwaine e uma voz estranha atende ao telefone do amigo pesquisador:
-Esqueça o que viu e ouviu. Fique longe da mídia, tire umas férias, caso contrário, será encontrado que nem seu amigo ufólogo ou como seu amigo pesquisador.
Tendo certeza de que Dwaine também está morto, Ralph não sabe mais o que fazer com a sua vida. Ameaças o cercam e ele vai até sua emissora, conta sobre o incêndio e pede para tirar suas “tão merecidas” férias.
Temendo pela sua vida e a de seus amigos, ele aluga um apartamento num flat e tenta organizar seus pensamentos.
NICOLAI VASILIEV: (Ag. Márcio)
Nicolai Vasiliev, conhecido atualmente como “The Shadow”, está tentando estabelecer novos contatos neste novo momento de sua vida: morar em NY. Muitas pessoas significam “muitos clientes”, e sempre há alguém disposto a saber mais sobre outros.
Obter informações, usar de subterfúgios e informantes deixaram de ser apenas uma profissão para Nicolai, se tornaram um vício, e assim como todos os vícios, ele pode correr grande perigo de vida ao usufruir do seu.
Seu passado recente ainda lhe acompanha, correr da Rússia não lhe traz boas lembranças.
Após ter alugado um apartamento na cidade, pequeno para não chamar a atenção de olhares alheios, Vasiliev começa a renovar seus contatos, visita pontos estratégicos da cidade e por fim parece estar conseguindo se reerguer.
Em uma determinada noite, ele chega em sua morada e ao abrir a porta percebe que há um envelope no chão. Certo de não ter dado o seu endereço para nenhuma fonte, Nicolai sabe que errou pois agora tem certeza de que foi seguido. Curioso sobre o conteúdo do envelope, e ao mesmo tempo temeroso pela situação, ele lentamente abre o papel e retira de dentro uma nota e diversas fotografias.
As fotografias mostram Vasiliev fazendo suas várias rondas diárias e falando com diversos contatos. Na nota anexa está escrito:
“Alguém te seguiu, esse alguém não existe mais. Nada impede que você possa estar sendo seguido de novo. O russo que te seguia queria saber sobre suas afiliações com o projeto HAVEN. Em breve entraremos em contato.”
Sem deixar assinaturas ou pistas, a pessoa que deixou estes papéis não quis se identificar mas parece ter prestado alguma ajuda se isso tudo for verdade.
Buscando em suas lembranças sobre esse tal projeto HAVEN, Nicolai se lembra de um trabalho realizado para um grupo paramilitar americano que consistia de resgatar alguns discos de dados de dentro de um laboratório russo, na fronteira sul deste país. Nicolai conseguiu infiltrar um operacional seu e resgatou tais discos. Antes de entregá-los, obviamente tentou fazer cópias (como uma válvula de segurança), mas viu que isso era impossível, os discos estavam protegidos por um anagrama criptografado de autodeleção. Então o mesmo entregou tais discos para o contratante que pagou um bom dinheiro por este serviço fácil.
Curiosamente, Nicolai lembra-se de que o início da perseguição da FSB, que culminou na sua fuga para a América, começou logo após tal trabalho. Em dúvida sobre o que realmente aconteceu e qual o conteúdo daqueles discos e de quem seria o seu “olheiro”, ele passa a tomar mais cuidados e chega a mudar de endereço e de rotina, mas sabe que possivelmente há alguma falha e alguém pode estar lhe seguindo. Talvez aquele “Em breve entraremos em contato” esteja se aproximando.
OLEG ROMANI: (ag. Kramer)
Oleg acorda mais uma manhã no abrigo onde tem dormido, ele viu o rosto daquela menina a noite inteira em seus sonhos. Talvez fosse só uma memória longínqua, talvez fosse verdade. Então ele se lembra das valas e do cheiro pútrido da morte que dali emanava. Ele sabe que a grande chance, talvez uma “quase certeza”, é de que sua filha esteja morta, protegida em um lugar melhor e inalcançável.
Lembrar-se das valas lhe traz a lembrança dos amigos, dos seus familiares, do seu clã. Mas também lhe remete as imagens ainda não tão claras daquele laboratório. Ele tem vagas lembranças de ser preso pela imigração e ter sido levado diretamente para uma construção em meio ao deserto.
Vagas lembranças de amarras, cordas, mordaças, injeções, cortes e dor, muita dor... mas a maior dor vem quando ele percebe que aquilo acontecera com seus estimados.
Flashes de imagens chegam a sua mente: sacos com corpos, gritos de pavor e dor, cubículos frios intercalados com o calor posterior aos remédios. Ele relembra a separação de seu filho e da voz: “isolem o espécime 101 do espécime 102”.
Ele olha para seu antebraço e observa uma pequena saliência, como se fosse um gânglio ou algo parecido. Preocupado, afinal, não sabe o que lhe fizeram naquele laboratório, ele vai atrás de ajuda médica. Ganhando pouco ainda no seu trabalho inicial de vendedor de jornal numa banca, Oleg busca ajuda num médico de fundo de quintal dos subúrbios novaiorquinos.
Duas picadas de anestésicos e um corte de bisturi extraem uma cápsula plástica de seu membro. Uma sutura pouco técnica é realizada após mais 2 notas de 10 dólares saírem de sua carteira. A cápsula lhe é entregue dentro um frasco transparente, dentro dela há uma placa metálica com o escrito “HY 101”.
Oleg sai da clínica e volta ao seu trabalho. Após uma noite com um pouco de dor, ele está recuperado e volta a buscar informações sobre o que aconteceu com ele e acaba novamente se frustrando: que rumo tomar?
Certo dia ele ouve um de seus clientes compradores de revistas falar sobre implantes em pessoas, sobre conspirações do governo e então Oleg aborda o rapaz, seu nome é Mark.
Mark lhe conta que pesquisa coisas relacionadas a conspirações do governo e que possui um grupo de amigos que pesquisam sobre o assunto. Após uma hora de conversa (seu novo amigo é muito animado e verborreico), Oleg conta sua história, mostra a cicatriz e pede ajuda ao rapaz.
Ele deixa seu frasco com a cápsula para Mark pesquisar e combina de encontrá-lo no final do dia. Mark lhe diz que essa cápsula contém um microchip com a inscrição “HAVEN PROJECT” e alguns ideogramas chineses, que apenas mostram a origem deste material como sendo manufaturado na China. Ele fala sobre projetos do governo como experiências com vacinas, com sondas e diz nunca ter ouvido falar de nenhum projeto com tal nome. Ele pede mais tempo para analisar os dados e diz para Oleg voltar em alguns dias. De acordo, Oleg volta para o albergue, assustado com o fato de poder ter sido rastreado pelo implante, Oleg opta por se ocultar nas ruas. Ele larga seu emprego, e sai sem deixar rastros. Após uma semana ele volta ao local combinado com Mark e percebe faixas policiais. Buscando informações com alguns moradores de rua dali, ele descobre que “o nerd foi encontrado morto”. Com esta notícia, voltam-lhe as lembranças e o desejo de vingança, de conhecer seu algoz e esmagá-lo com seus punhos.
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