Ravenloft – Sessão 4 – 15/06/2012
O CASARÃO – PARTE 1:
Após um breve descanso, o grupo resolve investigar o casarão
do antigo orfanato. Esta casa possui dois andares e é toda construída em pedra
basalto. Seu telhado estilo gótico
parece abrigar um sótão. Na sua entrada principal há um pequeno telhado para
proteção contra a chuva. Alguns poucos degraus levam até a uma porta dupla de
madeira reforçada que serve como entrada principal da construção. Chove muito e
o pátio do orfanato começa a ser tomado por poças de água e barro. Relâmpagos
iluminam através de pequenas janelas o andar inferior da casa.
Após uma breve inspeção da porta, Kasper abre-a. Um grande
saguão sujo pela poeira dos tempos surge a sua frente. Quatro colunas sustentam
uma sacada interna que se abre para um grande lustre no meio da sala. Duas escadarias
circulares levam para o andar superior. O pó acumulado no chão deixa marcadas
as pegadas dos heróis enquanto eles investigam o local. Três grandes bancos
estão dispostos de forma simétrica no meio do hall e duas armaduras completas
estão dispostas entre estes assentos, dando um ar opressor ao salão. Duas
portas de madeira estão dispostas de cada lado e uma porta feita de uma bela
cortina adorna a parede do fundo do ambiente.
O grupo resolve investigar a porta mais próxima de sua
posição, quando Kasper e Gerard tem a impressão de ver algo se movendo atrás de
uma das armaduras. Com suas armas em punho eles aguardam o ser que parece
espreita-los. Subitamente eles têm uma visão mais estranha ainda, o movimento
era da própria armadura que ganha vida e começa a andar vagarosamente na
direção da equipe. Seguindo a primeira, a outra armadura também começa a
demonstrar sinais de movimento. Ambas criaturas portam um grande escudo de
metal e uma espada longa com aspecto muito afiado.
O combate se inicia. Gerard ataca com sua espada, acertando
a armadura mais próxima. Zarek tenta usar sua técnica para derrubar a criatura
com um empurrão, mas acaba por escorregar no excesso de pó que se deposita no
chão e cai. Valyrion ataca com suas flechas, enquanto Kasper tenta golpear a
criatura com sua espada. Ao notar a aproximação do outro inimigo, Echtalion
chama a ajuda da natureza através de sua magia élfica e subitamente um grande
urso surge para tentar barrar o avanço do ser.
Zarek consegue arrancar o escudo de uma das criaturas, que
ataque após ataque é derrotada. A segunda armadura derrota o urso conjurado e
avança por sobre os heróis. Zarek corre para o segundo piso na idéia de caso a
criatura se posicione embaixo do lustre, ele consiga derrubá-lo nela. Tal feito
passa a não ser mais necessário, pois golpes violentos e repetidos derrubam o
ser maligno. O grupo se apodera das espadas dos inimigos e reza para não ter
mais destes monstros por aí.
Parcialmente recuperados do combate, os aventureiros passam
a investigar as salas. No primeiro piso, a direita, a primeira sala é um quarto
simples, sem nada especial, apenas uma cama e alguns entulhos. O segundo
aposento é uma grande sala de jantar, com uma mesa provençal suja, ainda com
louças dispostas. Neste recinto, há uma cristaleira que Valyrion percebe estar
afastada da parede. Echtalion inspeciona de forma melhor e acaba por encontrar
algumas pedras preciosas e algumas moedas de ouro.
Kasper resolve investigar sozinho o segundo andar do salão
principal. Começando pelas salas dispostas a leste. Ele encontra um quarto com
uma cama de casal, onde uma cômoda contém várias roupas femininas. O outro
aposento investigado é um escritório, com uma escrivaninha que possui uma
pequena estatueta de um corvo feita de prata e de aspecto muito bonito.
No outro canto do térreo, a próxima sala leva a uma
biblioteca de estudos, onde diversos tomos estão dispostos. O grupo maior não
encontra nenhum documento importante, exceto por alguns livros menos
importantes, mas que devem ter algum valor para comerciantes. O aposento ao
lado é uma dispensa, onde diversos frascos, tonéis e caixas quebrados estão
espalhados pelo local. Uma coisa estranha chama a atenção dos heróis. Um frasco
belo, de vidro avermelhado está em excelentes condições de conservação,
disposto em cima da mesa central do aposento. Ele aparenta ter um líquido negro
no seu interior.

Kasper ouve o barulho da luta e tenta chegar de forma rápida
ao térreo, mas escorrega no piso quebradiço do segundo andar e cai pela
abertura da sacada interna, se ferindo muito com a queda. O restante dos
aventureiros ataca o demônio do vidro e consegue subjuga-lo. Kasper se recupera
da queda e alcança os demais amigos.
Após investigarem as portas do andar inferior do saguão,
eles seguem para o segundo piso e terminam por investigar a ala leste. O último
quarto da ala leste apresenta sinais de uma explosão. O quarto todo está
chamuscado por dentro e o vidro estilhaçado de dentro para fora. Os móveis
estão queimados e não há nada de útil no recinto.

Cansados da exploração, Gerard e Zarek optam por voltar ao
alojamento seguro. Chove muito na rua e o tempo cinzento parece não melhorar.
Ventos frios tornam a respiração pesada. Os demais membros da equipe resolvem
ir através do acortinado ao fundo do salão. Lá eles encontram um corredor
longo, com uma porta dupla na sua extremidade norte. Em ambas paredes laterais
do corredor há uma porta e, na parede leste, há uma abertura que conduz a uma
escada. O grupo resolve subir as escadas para evitar surpresas desagradáveis. A
escadaria conduz a um corredor semelhante no segundo piso, o qual também possui
portas. O trio resolve voltar e prosseguir pela porta dupla ao norte, no
térreo.

Após inspecionarem a porta, o grupo prossegue. A porta se abre para um grande salão, com altura até o teto da construção. Este salão possui vários corpos esqueléticos espalhados pelo ambiente. Diversas carteiras escolares denotam que este recinto era uma sala de aula. Todo o telhado e a parede ao norte estão caídos, tomados por um soterramento do desfiladeiro próximo. Metade da sala está cheia de entulhos e alguns corpos de crianças estão ali, soterrados. O cheiro de morte toma conta do lugar. Apesar do desmoronamento, as paredes laterais ainda estão de pé, e o telhado está quase íntegro, exceto por pontos onde a chuva adentra com moderado volume, encharcando aquela pilha de destroços.

Após inspecionarem a porta, o grupo prossegue. A porta se abre para um grande salão, com altura até o teto da construção. Este salão possui vários corpos esqueléticos espalhados pelo ambiente. Diversas carteiras escolares denotam que este recinto era uma sala de aula. Todo o telhado e a parede ao norte estão caídos, tomados por um soterramento do desfiladeiro próximo. Metade da sala está cheia de entulhos e alguns corpos de crianças estão ali, soterrados. O cheiro de morte toma conta do lugar. Apesar do desmoronamento, as paredes laterais ainda estão de pé, e o telhado está quase íntegro, exceto por pontos onde a chuva adentra com moderado volume, encharcando aquela pilha de destroços.

A criatura segue na direção do alojamento. Zarek aguarda para
fugir pela janela ao fundo, cujas grades haviam há muito tempo sido
arrebentadas. Gerard opta por se esconder nos fundos do alojamento ao lado.
Assim que a criatura se aproxima, Kasper e Zarek pulam pela janela. Zarek rasga
seu grimório e conjura sobre si uma mágica de vôo, começando a planar em meio a
tempestade. Gerard conjura sobre si a habilidade das aranhas, e começa a
escalar o muro que leva para fora dos arredores do orfanato. Neste meio tempo,
Echtalion corre até Valyrion e oferece a ele um fruto místico, embebido em
energia positiva. O fruto estabiliza os ferimentos do mateiro faz o mesmo se
recuperar um pouco, mas não o suficiente para retornar a batalha.
A criatura derruba Kasper com um golpe e chega nas
proximidades de Gerard, conseguindo alcança-lo com suas garras e trazendo para
si. Gerard consegue se desvencilhar do aperto com uma magia de encolhimento,
mas cai ao chão quase sem vida. Echtalion chama a atenção da criatura com suas
flechas e a mesma olha em sua direção, o que dá a oportunidade de Gerard buscar
abrigo. Mesmo ferido gravemente, Kasper usa de sua besta leve para atingir a
criatura. Zarek voa sobre o local da batalha e conjura uma chuva de projéteis
mágicos sobre o imenso ser. Ele pousa sobre o telhado do alojamento seguro, o
que chama a atenção da criatura.
Gerard usa suas últimas forças para chegar ao outro lado da
muralha, e usa uma poção desconhecida que estava em sua mochila. Por sorte, a
poção lhe restabelece a saúde. Zarek atinge a criatura com sua nova arma,
ferindo-a de forma grave. Kasper usa sua última chance e sua seta atinge o
alvo, enquanto ele cai devido aos seus ferimentos. Echtalion mira o monstro com
sua visão élfica, com firmeza ele empunha o arco com runas e com leveza solta a
corda, fazendo sua flecha voar certeira no morto-vivo, o que culmina na
destruição do mesmo. Uma pilha de ossos cai ao chão, quase atingindo Kasper. O
druida corre em direção ao pirata, ajudando-lhe com suas feridas. Zarek pousa
no solo e Gerard volta ao local. Valyrion, muito ferido, move-se com cuidado em
direção ao resto do grupo.
Um relâmpago ilumina o local em meio a grossas gotas de
chuva. O frio toma conta dos aventureiros à medida que suas roupas ficam
molhadas. O cheiro de seu próprio sangue derramado parece nauseá-los. Quase sem
recursos eles observam aquela pilha de ossos com raiva e medo, com o receio de
que algo pior possa estar esperando por eles nas terras de brumas que
atualmente habitam. Mas uma pequena chama de vida ainda está acesa em seus
corações, e mesmo em meio a tanta chuva ela permanece acesa.
O que será que vai se suceder?